sexta-feira, 17 de julho de 2015

Sobre o livro "A Desconstrução de Mara Dyer." - Michelle Hodkin

Nossa, como esse livro me surpreendeu! Eu, durante esse mês de Julho vinha lendo um bocado de livros que, sinceramente, era mais do mesmo. O mesmo romance de sempre, a mesma história, o mesmo fim... Nada de novo. Porém esse livro conseguiu, além de me prender ir, ao longo da história, me surpreendendo e intrigando aos poucos.


Sinopse:  Um grupo de amigos... Uma tábua ouija... Um presságio de morte. Mara Dyer não estava interessada em mensagens do além. Mas para não estragar a diversão da melhor amiga justo em seu aniversário ela decide embarcar na brincadeira. Apenas para receber um recado de sangue. Parecia uma simples piada de mau gosto... até que todos os presentes com exceção de Mara morrem no desabamento de um velho sanatório abandonado. O que o grupo estaria fazendo em um prédio condenado? A resposta parece estar perdida na mente perturbada de Mara. Mas depois de sobreviver à traumática experiência é natural que a menina se proteja com uma amnésia seletiva. Afinal, ela perdeu a melhor amiga, o namorado e a irmã do rapaz. Para ajudá-la a superar o trauma a família decide mudar para uma nova cidade, um novo começo. Todos estão empenhados em esquecer. E Mara só quer lembrar. Ainda mais com as alucinações - ou seriam premonições? - Os corpos e o véu entre realidade, pesadelo e sanidade se esgarçando dia a dia. Ela precisa entender o que houve para ter uma chance de impedir a loucura de tomá-la....



No livro " A Desconstrução de Mara Dyer", é bem o que o título apresenta, ao longo das 370 (?) páginas nós acompanhamos a desconstrução de Mara que, após um acidente do qual ela não lembra de nada e que foi a única a sobreviver, se vê submersa nessa agonia de, querer lembrar  e entender o que aconteceu e também, lutar contra um crescente medo da loucura. 

Porque, além de não lembrar (como eu já disse) o que aconteceu ela continua vendo seus antigos amigos mortos, tendo alucinações... Enfim, é aquele dilema, Mara está enlouquecendo ou ela tem algo de paranormal em si? Além de tudo isso, Mara entra em um relacionamento arriscado com um rapaz que, ao que tudo indica, é um destruidor de corações, contudo, nem tudo é sempre o que parece, certo? 

As revelações dos acontecimentos relacionados com Mara, as mortes, as alucinações... Enfim, além de tudo se encaixar em um final muiiiiito, muiiito bom, também vai desconstruindo Mara e a torna, aos poucos em outra Mara Dyer. 

Então, eu ameiii esse livro, acredito que o li em 2 dias (pois é, alguém tem problemas em se controlar quando gosta muito de um livro) e eu super recomendo! 

<3 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Sobre o livro: "Cultura e Evangelho" - Justo L. González




Rapaz, sabe aquele livro que você olha e pensa: "Ah, vou ler em um dia"? Pois bem, se você quiser ler sem meditar ou prestar atenção no que lê, da tranquilo, mas se você quer processar a leitura, degusta, sentir, guardar... duvido que consiga!


Sinopse: O desafio da missão cristã consiste, segundo o doutor, González, em entender correta e teologicamente o que é a cultura, que lugar ocupa no plano de Deus, como funciona e qual é a relação da igreja com a cultura, porque somente assim poderemos entender a nós mesmos e também nossa missão.


Os sete capítulos do livro abordam magistralmente temas fundamentais: a relação entre fé e cultura, cultura e criação, cultura e pecado, cultura e diversidade, cultura e evangelho, cultura e missão e cultura e culto. 


Trata-se, portanto, de um livro muito útil e necessário para a vida e missão da igreja na América Latina.

Eu sempre me perguntei sobre a ligação entre o evangelho e a cultura. Sempre me questionei se um, inremediavelmente anulava o outro ou não, se ambos podiam coexistir numa sociedade. Se você assim como eu, se questiona sobre isso, não perca tempo, leeeeeia esse livro! 

A Cultura é um tema que sempre da pano para manga e é por vezes polêmico. Imagine então, como para nós cristãos (ao menos para mim) trabalhar e pensar a cultura é complicado e muito delicado. Como sabemos a religião cristã ela acaba subtraindo e as vezes anulando parte da cultura de uma sociedade e isso sempre me incomodou (no sentindo de me fazer refletir), justamente pela minha formação. 


González foi para mim uma descoberta, o autor é de uma genialidade incrível, a forma como ele apresenta a queda (e como isso afetou a cultura) e como ele discorre sobre a Ceia e o Batismo me deixou atônita, fora que todos esses temas estão super inseridos na questão cultural. Além de que, o autor permeia todos os Sete capítulos (justamente, são apenas sete) com muiiiiiito contexto histórico, isso para mim foi um banquete! Ele não apenas nos enche da História da Igreja, mas também de História Antiga e Medieval! Simplesmente ameiii!! 

Pode ser que você nem ache isso tudo quando ler, mas eu? Eu super recomendo e até queria conversar sobre esse livro com alguém! Leiiiiiaaaaaaammm! 


domingo, 12 de julho de 2015

Sobre o livro " A Melhor Coisa Que Nunca Aconteceu Na Minha Vida" - Laura Tait e Jummy Rice

Terminei o livro agora e, ah... Esperei tanto do livro, acho que me decepcionei um bocado.... Mas, antes de qualquer coisa, a sinopse: 

"Todo mundo faz planos para o futuro. Mas será que a vida sempre leva aos caminhos desejados?



Viajar pelo mundo, ter o emprego dos sonhos, um grande amor do passado. Cada um imagina que sua vida acontecerá de uma maneira diferente. Perto de completar trinta anos, Holly e Alex, que não se veem há onze anos, voltam a se encontrar por acaso.



Como o reencontro vai afetar a vida desses velhos amigos de infância?

Na adolescência a amizade escondia uma grande paixão não revelada. E que, mesmo com o passar dos anos, continuou na memória como lembrança ou arrependimento do que poderia ter sido. O que aconteceria se o destino reservasse a possibilidade de viver uma segunda chance, tanto na vida quanto no amor?

A melhor coisa que nunca aconteceu na minha vida tem esse gostinho de primeiro amor. Com um enredo leve, romântico e engraçado, este casal de protagonistas te conquistará logo nas primeiras páginas."


Vamos lá, esse livro não trás nada de novo, uma história bem comum de melhores amigos que nutrem, desde sempre, sentimentos fortes um pelo outro. Puro amor! O que me deixa chateada é a dificuldade que personagens assim tem de se declararem. Sei da lengalenga de sempre, de terminar a amizade e talz, mas vamos lá, 290 páginas de idas e vindas, de frases interpretadas de forma errada e de suspiros pelos cantos não dá...

Ta, o livro possui coisas legais, personagens bem engraçados (como os amigos de escritório da Holly e até a mãe dela, eu me divertia horrores com as ligações dela), inteligentes e cativantes. Além do fato de que o encontro de Holly e Alex ter sido bem normal tona a história mais verossímil. 

O Romance em que Holly está, esse sim, me irritou ( e pode ter contribuído para que eu não gostasse tanto assim do livro), me dá muita raiva mulheres que se metem em "relacionamentos" os quais é óbvio que só elas o entendem como tal. 

O barato do livro talvez seja nos fazer pensar sobre os planos que normalmente fazemos para o futuro e que, irremediavelmente, mudam bastante quando "crescemos". Isso se torna óbvio na vida de Holly que fugiu totalmente do que ela pretendia e planejava "ser/fazer quando crescer". Em contrapartida, a vida de Alex foi, em relação a sua profissão, de acordo com o que o mesmo almejava, porém com quase 30 anos Alex não conseguia sentir-se realizado com os rumos de sua vida. Podemos, portanto, ver uma mudança agradável ocorrendo com o encontro dos dois ex-melhores amigos, os quais, ao retomarem a amizade antes perdida acabam também por se reencontrar com quem foram no passado. 

Mas, não posso negar que esse tipo de romance não me atrai muito. Talvez seja isso. Vale a pena ler? Não posso dizer que recomendo de olhos fechados, nem que é o meu preferido da vida, mas pode ser sim um  bom passatempo.