quarta-feira, 1 de junho de 2016

Desejados do mês: Maio & Junho

Começando o mês, com os lançamentos dos meses de Maio e alguns de Junho. Tem vários livros interessantes, vamos ver?

O Último Adeus (DarkLove)

  
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. 


O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante. 



O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.


À Margem do Lago

O novo romance da autora best-seller de Água Para Elefantes.

Após uma festa de ano-novo da alta sociedade na Filadélfia em 1944, Madeline Hyde e seu marido Ellis são expulsos de casa pelo pai dele, um rico ex-Coronel das forças armadas, já bastante envergonhado pela incapacidade do filho em ir para a guerra. Com a ajuda do melhor amigo, Hank, Ellis chega à conclusão que a única maneira de reconquistar os favores do pai é ser bem-sucedido em algo que o Coronel falhou no passado: caçar o famoso monstro do Lago Ness. Maddie, relutantemente, cruza o oceano Atlântico com eles, deixando para trás seu aconchegante e protegido mundo. O trio chega a um vilarejo distante nas Terras Altas da Escócia, onde são desprezados pelos moradores locais. Maddie fica sozinha numa isolada hospedaria, onde a comida é racionada, o combustível é escasso e o carteiro bater à porta pode significar notícias trágicas. Apesar disso, ela começa a se apaixonar pela beleza deslumbrante e a magia sutil do interior escocês, e a amizade com duas jovens mulheres abre seus olhos para um mundo maior do que ela imaginava existir. Maddie começa a perceber que nada é o que parece: os valores que ela mais prezava se mostram insustentáveis, e monstros surgem onde menos se espera.

Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi
Joachim Meyerhoff

Isso é normal? Crescer entre centenas de pessoas com deficiência física e mental, como o filho mais novo do diretor de um hospital psiquiátrico para crianças e jovens? Nosso pequeno herói não conhece outra realidade - e até gosta muito da que conhece. O pai dirige uma instituição com mais de 1.200 pacientes, ausenta-se dentro da própria casa quando se senta em sua poltrona para ler. A mãe organiza o dia a dia, mas se queixa de seu papel. Os irmãos se dedicam com afinco a seus hobbies, mas para ele só reservam maldades. E ele próprio tem dificuldade com as letras e sempre é tomado por uma grande ira. Sente-se feliz quando cavalga pelo terreno da instituição sobre os ombros de um interno gigantesco, tocador de sinos.

Joachim Meyerhoff narra com afeto e graça a vida de uma família extraordinária em um lugar igualmente extraordinário. E a de um pai que, na teoria, é brilhante, mas falha na prática. Afinal, quem mais conseguiria, depois de se propor a intensificar a prática de exercícios físicos ao completar 40 anos, distender um ligamento e nunca mais tornar a calçar o caro par de tênis? Ou então, em meio à calmaria, ver-se em perigo no mar e ainda por cima derrubar o filho na água? O núcleo incandescente do romance é composto pela morte, pela perda do que já não pode ser recuperado, pela saudade que fica - e pela lembrança que, por sorte, produz histórias inconcebivelmente plenas, vivas e engraçadas.

LoneyAndrew Michael Hurley

Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.
À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. 
O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço.
Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

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