domingo, 12 de junho de 2016

Segunda - conto #2 "O Senhor Brecht – Gonçalo M. Tavares"

Hoje vou publicar dois pequenos contos do livro " O Senhor Brecht – Gonçalo M. Tavares". Espero que vocês gostem! <3


Um país agradável

ERA UM PAÍS muito agradável para viver, mas as pessoas eram tão
preguiçosas que, quando o presidente ordenou que defendessem as fronteiras,
eles bocejaram. Foram invadidos.
Os invasores também começaram a ficar preguiçosos e, um dia, quando o
novo presidente ordenou que os homens defendessem as fronteiras, todos
bocejaram. Foram de novo invadidos. Agora por homens vindos de um outro
país.
Mais uma vez os invasores em pouco tempo ficaram preguiçosos, e quando
pela terceira vez um novo presidente ordenou que os homens defendessem as
fronteiras, todos bocejaram. Mais uma vez foram invadidos. O país estava cada
vez mais populoso.
Tal repetiu-se até que todos os povos – mesmo os que vinham do outro lado
do globo – haviam já invadido aquele país, e depois, sucessivamente, sido
invadidos. Já não havia gente em mais lado nenhum: concentravam-se todos
naquele país agradável.
Foi nessa altura que o novo presidente ordenou a invasão do resto do mundo
pois o mundo estava completamente vazio – à sua mercê, portanto. Porém, todos
os homens bocejaram.
E então ele (sem o notar) avançou, sozinho.

<3

O cantor

UM PÁSSARO foi atingido com um tiro na asa direita e passou por isso a
voar na diagonal.
Mais tarde foi atingido na asa esquerda e viu-se obrigado a deixar de voar,
utilizando apenas as duas patas para andar no chão.
Mais tarde foi atingido por uma bala na pata esquerda e passou por isso a
andar na diagonal.
Uma outra bala atingiu-o, semanas depois, na pata direita, e o pássaro
deixou de poder andar.
A partir desse momento dedicou-se às canções.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Sobre o livro "Temporada de acidentes" Moïra Fowley-Doyle (5/5)

"Temporada de Acidentes" é um desses livros que chamam atenção tanto pela capa (e lá vem na cabeça aquela frase que ninguém conhece: Não julgue um livro pela capa) e, também, pela sinopse. Assim que eu vi esse livro nos lançamentos da Intrínseca fiquei louca com vontade de ver se ele era tudo o que parecia ser. Posso dizer que é sim. Para mim foi uma leitura muito, muito boa. Minhas expectativas não se frustraram, mas foram com exito alcançadas. Vamos à sinopse:

Guardem as facas, protejam as quinas dos móveis, não mexam com fogo. 
A temporada de acidentes vai começar.
Acontece todo ano, na mesma época. Todo mês de outubro, inexplicavelmente, Cara e sua família se tornam vulneráveis a acidentes. Algumas vezes, são apenas cortes e arranhões. Em outras, acontecem coisas horríveis, como quando o pai e o tio dela morreram. A temporada de acidentes é um medo e uma obsessão. Faz parte da vida de Cara desde que ela se entende por gente. E esta promete ser uma das piores.
No meio de tudo, ainda há segredos de família e verdades dolorosas, que Cara está prestes a descobrir. Neste outubro, ela vai se apaixonar perdidamente e mergulhar fundo na origem sombria da temporada de acidentes. Por que, afinal, sua família foi amaldiçoada? E por que não conseguem se livrar desse mal?
Uma narrativa sombria, melancólica e intensa sobre uma família que precisa lidar com seus segredos e medos antes que eles a destruam.

Gente, quanto amor por esse livro. A narrativa da autora é linda, poética, um tanto melancólica e repleta de significações ricas. A história possui alguns elementos de fantasia que tornam tudo ainda mais agradável, detém uma rica trama que te mergulha no mistério, segredos que aos poucos, enquanto são revelados, fazem com que tudo entre numa espiral de dúvidas. Você simplesmente não sabe se tudo acontece realmente por uma maldição ou por algo mais. É incrível.



O livro também conseguiu muito fazer com que minha imaginação rolasse solta, todos os cenários e personagens foram tão bem trabalhados e descritos (sem que para isso ficasse uma leitura enfadonha) que até hoje guardo “recordações” desse livro sem nem ter, de fato, pisado nos lugares relatados. Só uma boa narrativa consegue isso. Há partes onde sinceramente me senti vendo um filme. Quando as personagens passam dos limites no consumo de drogas e tudo parece embaçado e atordoado, consegui visualizar tudo isso. Enfim, é incrível.
  

Honestamente, é uma leitura que eu gostei muito. Apeguei-me aos romances, aos dramas, aos mistérios, as partes fantásticas que te dão um gosto de horror, a  tudo, tudo! Gente leiam esse livro! Urgente! Agora, agora! 

Só há, de fato, uma coisa que me incomoda na história e na construção da conduta dos personagens, é a forma "vida loka" que os adolescentes nesse livro são retratados num uso tão abusivo de drogas (licitas ou não), que me deixava ao tempo todo estarrecida  e também intrigada. Os jovens (normalmente) usam tantas drogas assim? Sou tão E. T. quanto pareço?

No skoob? 5 estrelas e favoritado!


quarta-feira, 8 de junho de 2016

Sobre o livro: Fiquei com o Seu Número - Sophie Kinsella (5/5)

Fiquei com seu número foi o primeiro livro da Sophie Kinsella que eu li e nossa, amei mesmo! Foi um leitura muito prazerosa, e, apesar do livro não ser tããão pequeno ele flui que é uma beleza... Mas, antes de eu começar a escrever um monte sobre o livro, vamos à sinopse:

A jovem Poppy Wyatt está prestes a se casar com o homem perfeito e não podia estar mais feliz... Até que, numa bela tarde, ela não só perde o anel de noivado (que está na família do noivo há três gerações) como também seu celular. Mas ela acaba encontrando um telefone abandonado no hotel em que está hospedada. Perfeito! Agora os funcionários podem ligar para ela quando encontrarem seu anel. Quem não gosta nada da história é o dono do celular, o executivo Sam Roxton, que não suporta a ideia de haver alguém bisbilhotando suas mensagens e sua vida pessoal. Mas, depois de alguns torpedos, Poppy e Sam acabam ficando cada vez mais próximos e ela percebe que a maior surpresa da sua vida ainda está por vir.

Poppy é a personagem principal desse livro (como deve ter dado para perceber), ela é Destrambelhada, engraçada, um tanto paranoica, bisbilhoteira e super simpática, e eu  acabei me identifiquei um bocadinho com ela. Nunca na história dos livros que eu li senti tanta vergonha alheia quanto nesse e não só vergonha, me surpreendi várias vezes durante a leitura a ponto de sentir minhas sobrancelhas arquearem.  Kinsella conseguiu me prender muito no enredo e, além disso, surpreender durante o desenrolar da história porque, como o livro todo é na visão da Poppy nós nos influenciamos e acabamos, muitas vezes – ao menos aconteceu comigo – nos deixando levar pelas opiniões e conclusões dela.

E o romance nesse livro? Ah, amo romances que trazem trocas de mensagem, porque para mim torna-se muito real, principalmente nos dias de hoje em que sempre estamos com os celulares nas mãos conversando, xeretando a vida de alguém, atualizando nossos perfis e redes sociais ou só disfarçando com ele nas mãos. Não é verdade?
Enfim, eu acredito que super vale a leitura desse livro para sair das depressões literárias passadas (correndo um risco enorme de entrar em outra por causa desse livro) e para quem deseja rir um bocado, (mesmo que eu tenha sentido vontade de chorar em alguns momentos pela empatia que criei com Poppy.)esse livro é a pedida certa. Enfim, amei, amei e amei! Dei 5 estrelas no Skoob e favoritei!

Ps: O que são as notas de rodapé que a Poppy escreve? Meu Deus eu ri de mais com elas! Parar a leitura para ler a notas torna a história muito, muito mais agradável e intima!
<3


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Segunda Conto #1 - O que a lua traz consigo - H. P. Lovecraft

Começando um novo tipo de postagens que me comprometo a toda semana dar prosseguimento, ou seja, todas as segundas colocarei um novo conto por aqui. Para os apreciadores de histórias curtas e também como forma de indicar um livro de contos para os que gostam ou aos que desejam se aventurar nesse gênero. Vamos lá? 


O que a lua traz consigo 
- H. P. Lovecraft


ODEIO A LUA — tenho-lhe horror — pois às vezes, quando ilumina cenas familiares e queridas, transforma-as em coisas estranhas e odiosas.



Foi durante o verão espectral que a lua brilhou no velho jardim por onde eu errava; o verão espectral de flores narcóticas e úmidos mares de folhagens que evocam sonhos extravagantes e multicoloridos. E enquanto eu caminhava pelo raso córrego cristalino percebi extraordinárias ondulações rematadas por uma luz amarela, como se aquelas águas plácidas fossem arrastadas por correntezas irresistíveis em direção a estranhos oceanos para além deste mundo. Silentes e suaves, frescas e fúnebres, as águas amaldiçoadas pela lua corriam a um destino ignorado; enquanto, dos caramanchões à margem, flores brancas de lótus desprendiam-se uma a uma no vento opiáceo da noite e caíam desesperadas na correnteza, rodopiando em um torvelinho horrível por sob o arco da ponte entalhada e olhando para trás com a resignação sinistra de serenos rostos mortos. 



E enquanto eu corria ao longo da margem, esmagando flores adormecidas com meus pés relapsos e cada vez mais desvairado pelo medo de coisas ignotas e pela atração exercida pelos rostos mortos, percebi que o jardim não tinha fim ao luar; pois onde durante o dia havia muros, descortinavam-se novos panoramas de árvores e estradas, flores e arbustos, ídolos de pedra e pagodes, e curvas do regato iluminado para além das margens verdejantes e sob grotescas pontes de pedra. E os lábios daqueles rostos mortos de lótus faziam súplicas tristes e pediam que eu os seguisse, mas não parei de andar até que o córrego se transformasse em rio e desaguasse, em meio a pântanos de juncos balouçantes e praias de areia refulgente, no litoral de um vasto mar sem nome.



Neste mar a lua odiosa brilhava, e acima das ondas silentes estranhas fragrâncias pairavam. E lá, quando vi os rostos de lótus desaparecerem, anseei por redes para que eu pudesse capturá-los e deles aprender os segredos que a lua havia confiado à noite. Mas quando a lua moveu-se em direção ao Ocidente e a maré estagnada refluiu para longe da orla tétrica, pude ver sob aquela luz os antigos coruchéus que as ondas quase revelavam e colunas brancas radiantes com festões de algas verdes. E, sabendo que todos os mortos estavam congregados naquele lugar submerso, estremeci e não quis mais falar com os rostos de lótus. 



Contudo, ao ver um condor negro ao largo descer do firmamento para descansar em um enorme recife, senti vontade de interrogá-lo e perguntar sobre os que conheci ainda em vida. Era o que eu teria perguntado se a distância que nos separava não fora tão vasta, mas o pássaro estava demasiado longe e sequer pude vê-lo quando se aproximou do gigantesco recife.



Então observei a maré vazar à luz da lua que aos poucos baixava, e vi os coruchéus brilhando, as torres e os telhados da gotejante cidade morta. E enquanto eu observava, minha narinas tentavam bloquear a pestilência de todos os mortos do mundo; pois, em verdade, naquele lugar ignorado e esquecido reuniam-se todas as carnes dos cemitérios para que os túrgidos vermes marinhos desfrutassem e devorassem o banquete.



Impiedosa, a lua pairava logo acima desses horrores, mas os vermes túrgidos não precisam da lua para se alimentar. E enquanto eu observava as ondulações que denunciavam a agitação dos vermes lá embaixo, pressenti um novo calafrio vindo de longe, do lugar para onde o condor voara, como se a minha carne houvesse sentido o horror antes que meus olhos o vissem.



Tampouco a minha carne estremecera sem motivo, pois quando ergui os olhos percebi que a maré estava muito baixa, deixando à mostra boa parte do enorme recife cujo contorno eu já avistara. E quando vi que o recife era a negra coroa basáltica de um horripilante ícone cuja fronte monstruosa surgia em meio aos baços raios do luar e cujos temíveis cascos deviam tocar o lodo fétido a quilômetros de profundidade, gritei e gritei com medo de que aquele rosto emergisse das águas, e de que os olhos submersos avistassem-me depois que a maligna e traiçoeira lua amarela desaparecesse.



E para escapar a essa coisa medonha, atirei-me sem hesitar nas águas pútridas onde, entre muros cobertos de algas e ruas submersas, os túrgidos vermes marinhos devoram os mortos do mundo.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Desejados do mês: Maio & Junho

Começando o mês, com os lançamentos dos meses de Maio e alguns de Junho. Tem vários livros interessantes, vamos ver?

O Último Adeus (DarkLove)

  
O Último Adeus é narrado em primeira pessoa por Lex, uma garota de 18 anos que começa a escrever um diário a pedido do seu terapeuta, como forma de conseguir expressar seus sentimentos retraídos. Há apenas sete semanas, Tyler, seu irmão mais novo, cometeu suicídio, e ela não consegue mais se lembrar de como é se sentir feliz. 


O divórcio dos seus pais, as provas para entrar na universidade, os gastos com seu carro velho. Ter que lidar com a rotina mergulhada numa apatia profunda é um desafio diário que ela não tem como evitar. E no meio desse vazio, Lex e sua mãe começam a sentir a presença do irmão. Fantasma, loucura ou apenas a saudade falando alto? Eis uma das grandes questões desse livro apaixonante. 



O Último Adeus é sobre o que vem depois da morte, quando todo mundo parece estar seguindo adiante com sua própria vida, menos você. Lex busca uma forma de lidar com seus sentimentos e tem apenas nós, leitores, como amigos e confidentes.


À Margem do Lago

O novo romance da autora best-seller de Água Para Elefantes.

Após uma festa de ano-novo da alta sociedade na Filadélfia em 1944, Madeline Hyde e seu marido Ellis são expulsos de casa pelo pai dele, um rico ex-Coronel das forças armadas, já bastante envergonhado pela incapacidade do filho em ir para a guerra. Com a ajuda do melhor amigo, Hank, Ellis chega à conclusão que a única maneira de reconquistar os favores do pai é ser bem-sucedido em algo que o Coronel falhou no passado: caçar o famoso monstro do Lago Ness. Maddie, relutantemente, cruza o oceano Atlântico com eles, deixando para trás seu aconchegante e protegido mundo. O trio chega a um vilarejo distante nas Terras Altas da Escócia, onde são desprezados pelos moradores locais. Maddie fica sozinha numa isolada hospedaria, onde a comida é racionada, o combustível é escasso e o carteiro bater à porta pode significar notícias trágicas. Apesar disso, ela começa a se apaixonar pela beleza deslumbrante e a magia sutil do interior escocês, e a amizade com duas jovens mulheres abre seus olhos para um mundo maior do que ela imaginava existir. Maddie começa a perceber que nada é o que parece: os valores que ela mais prezava se mostram insustentáveis, e monstros surgem onde menos se espera.

Quando Finalmente Voltará a Ser Como Nunca Foi
Joachim Meyerhoff

Isso é normal? Crescer entre centenas de pessoas com deficiência física e mental, como o filho mais novo do diretor de um hospital psiquiátrico para crianças e jovens? Nosso pequeno herói não conhece outra realidade - e até gosta muito da que conhece. O pai dirige uma instituição com mais de 1.200 pacientes, ausenta-se dentro da própria casa quando se senta em sua poltrona para ler. A mãe organiza o dia a dia, mas se queixa de seu papel. Os irmãos se dedicam com afinco a seus hobbies, mas para ele só reservam maldades. E ele próprio tem dificuldade com as letras e sempre é tomado por uma grande ira. Sente-se feliz quando cavalga pelo terreno da instituição sobre os ombros de um interno gigantesco, tocador de sinos.

Joachim Meyerhoff narra com afeto e graça a vida de uma família extraordinária em um lugar igualmente extraordinário. E a de um pai que, na teoria, é brilhante, mas falha na prática. Afinal, quem mais conseguiria, depois de se propor a intensificar a prática de exercícios físicos ao completar 40 anos, distender um ligamento e nunca mais tornar a calçar o caro par de tênis? Ou então, em meio à calmaria, ver-se em perigo no mar e ainda por cima derrubar o filho na água? O núcleo incandescente do romance é composto pela morte, pela perda do que já não pode ser recuperado, pela saudade que fica - e pela lembrança que, por sorte, produz histórias inconcebivelmente plenas, vivas e engraçadas.

LoneyAndrew Michael Hurley

Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.
À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem. 
O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cerca os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto a fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço.
Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótico, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês. 

segunda-feira, 28 de março de 2016

Sobre o livro "LOVE: A história de Lisey" - Stephen King (5/5)

Após os sentimentos devidamente acalmados, vou tentar falar sobre esse livro.



Quando iniciei a leitura achei que o livro seria maçante e hiper chato. As primeiras 100 páginas, na verdade, são bem confusas, elas te introduzem em um mundo recentemente despedaçado, imerso no luto, numa vida que praticamente perdeu o sol, a lógica, a base. Mas não se engane, ele não é pesado ou totalmente triste (embora algumas partes te deixem com o coração dilacerado), o começo é, na verdade bastante nebuloso, como se espera que seja a vida de uma recente viúva. 

Lisey, a viúva de  um escritor famoso, ganhador de vários prêmios, consagrado com diversos best-sellers se vê com o trabalho de recolher e separar todos os papeis de Scott, antigos manuscritos que avolumam-se no escritório, assim ela vai ao encontro das recordações e nos introduz há vários momentos decisivos de sua vida de casada, além de possuírem grande ligações com o desfecho do romance. Nada é dito por acaso.  

As primeiras páginas, como já falei, são complicadas de vencer, justamente pela forma como a mente, as memórias e os sentimentos estão confusos dentro de Lisey. As intimidades e o vocabulário unicamente do casal dificultam ainda mais o processo de imersão na leitura, porém, quando nos familiarizamos com isso a história se abre e surpreende. 

Vários acontecimentos bombardeiam nossa querida Babyluv, assim como ao leitor. São problemas familiares gigantes, problemas com um maníaco que a persegue e com um "jogo" o aqual, aparentemente, foi arquitetado por seu falecido marido. Lisey precisa com urgência despertar, "espanar" e ao mesmo tempo mergulhar no mar (ou lago) do passado. Nesse momento, o livro "Engatilha" e você, leitor ,simplesmente não consegue, não pode parar! Eu vivi o mundo, sim, o MUNDO de Lisey e Scott por 4 longos e ao mesmo tempo, curtos, dias. 

Sério, que livro! Que história! Me pergunto por que as pessoas não leem essa obra do King? Para mim, após a Torre Negra, nenhum superou esse livro, até porque ele não só te envolve em um crescente mistério, como no terror e na fantasia. Que livro completo! 
LEIAM!

segunda-feira, 21 de março de 2016

Sobre o livro: A linguagem das Flores - Vanessa Diffenbaugh (4/5)


Quando eu li a sinopse de "A linguagem das Flores", o livro já me ganhou sem esforço nenhum. 


Sinopse: Victoria Jones sempre foi uma menina arredia, temperamental e carrancuda. Por causa de sua personalidade difícil, passou a vida sendo jogada de um abrigo para outro, de uma família para outra, até ser considerada inapta para adoção.


Ainda criança, se apaixonou pelas flores e por suas mensagens secretas. Quem lhe ensinou tudo sobre o assunto foi Elizabeth, uma de suas mães adotivas, a única que a menina amou e com quem quis ficar... até pôr tudo a perder.

Agora, aos 18 anos e emancipada, ela não tem para onde ir nem com quem contar. Sozinha, passa as noites numa praça pública, onde cultiva um pequeno jardim particular.

Quando uma florista local lhe dá um emprego e descobre seu talento, a vida de Victoria parece prestes a entrar nos eixos. Mas então ela conhece um misterioso vendedor do mercado de flores e esse encontro a obriga a enfrentar os fantasmas que a assombram.

Em seu livro de estreia, Vanessa Diffenbaugh cria uma heroína intensa e inesquecível. Misturando passado e presente num intricado quebra-cabeça, A linguagem das flores é essencialmente uma história de amor – entre mãe e filha, entre homem e mulher e, sobretudo, de amor-próprio.


Eu posso afirmar que essa é uma sinopse que, de fato, consegue trazer luz a importantes aspectos desse livro. Victória é sim, problemática, esquiva, durona e não sabe como demonstrar seus sentimentos... No primeiro momento acho que é até complicado entender o que se passa na cabeça de Victória, porém com o tempo vamos passar a entender o porque de algumas atitudes; observar seus medos, por vezes tão infantis; e no decorrer das páginas, seu crescimento pessoal. 

O livro é todo narrado na primeira pessoa, segundo a  visão de Victória, mesclando na narrativa presente e o passado. 

Um dos aspectos mais interessantes do livro, no meu ponto de vista, é a gama de personagens femininas (mais de 90% do livro. Acho que só tem mulher na cidade de Victória kkkkk). De personagem masculino só temos Grant, que possui uma participação importante, porém foge da regra, no que se refere a forma como normalmente os homens são retratados. Ele é sempre calmo, compreensivo, carinhoso. Na minha visão até um pouco apático e passivo...  

Outro ponto gritante  em toda a história do livro é a posição da autora a qual deixa claro o quanto as relações de família podem moldar, marcar e influenciar no futuro de uma pessoa.

Por fim, mas não menos importante, a relação dos significados ocultos que cada flor possui! Achei tão interessante essa forma de comunicação vitoriana e que a autora soube abordar e ligar a vida das personagens. 

Enfim, eu gostei muito da leitura, porém essa não foi tão fácil. Vitória nos passa muito do seu sofrimento, medos e dramas, o que torna a leitura um tanto pesada. Mas, no meu ponto de vista, vale muito a pena. 


É isso, até a próxima resenha.
<3 

quarta-feira, 16 de março de 2016

Sobre o livro : No coração da Floresta - Emily Murdoch (5/5)

 Se tudo o que você lembrasse sobre sua vida fosse a escuridão da floresta? Se o amor de mãe que você conhecesse, fosse o de uma mulher que, frequentemente, embalada pela necessidade de consumir entorpecentes, largasse você e sua irmã mais nova na solidão de um trailer no coração de uma floresta e, de repente, tudo mudasse? Essa é a história desse livro hiper sensível e forte. 


Sinopse: Carey é uma jovem de 15 anos com uma história de vida difícil. Levada às escondidas pela mãe para um parque nacional quando ainda era uma criança, tudo o que ela e a irmã menor conhecem é a floresta. Elas só têm uma a outra, considerando que a mãe, viciada em drogas e mentalmente instável, muitas vezes desaparece por dias sem fim. É durante um desses sumiços que repentinamente as meninas se vêem diante de dois estranhos, que as tiram da floresta e as levam para um mundo novo e surpreendente de roupas, meninos e aulas. Agora Carey precisa enfrentar a verdade por trás do seu passado e decidir se vale a pena revelar um terrível segredo, que, caso descoberto, pode colocar em risco a segurança e a nova vida das duas irmãs. No coração da floresta foi indicado a inúmeros prêmios, como a Carnegie Medal em literatura, e seus direitos foram vendidos para 8 países. Primeiro livro de Emily Murdoch, recebeu a seguinte crítica estrelada do Booklist: “Um livro cheio de dor e esperança. Uma estreia surpreendente.”

No Coração da Floresta foi um livro de uma leitura incrível mesmo que com uma história pesada. Esse livro nos mostra o quão deplorável o ser humano pode ser, ao passo que também nos revela o quão forte e adaptável pode tornar-se. Cheio de temas complicados como, uso de drogas, exploração de menores, abuso sexual... Vamos com o decorrer da história nos emocionando, alegrando, torcendo, amando e crescendo junto com Carey e Nessa. Porque, apesar de sabermos que há um segredo entre as irmãs (segredo esse tão forte a ponto de emudecer Nessa), para mim, o ponto principal é a adaptação e amadurecimento das irmãs nessa nova vida, quando ela passam a pertencer a uma família de verdade, uma escola, uma vida... Enfim, eu amei esse livro! 

Há, boatos que esse livro terá uma adaptação para o cinema! *-*


<3

quarta-feira, 9 de março de 2016

Sobre o Livro: Piedade - Jodi Picoult (4/5)




Esse foi o primeiro livro da Picoult que li, não sei se foi uma boa escolha...

Sinopse: Cameron MacDonald, chefe de polícia de uma pequena cidade que tem sido o lar de sua família por gerações, sempre imaginou que sua vida era servir a população e defender a honra de seus ancestrais. Crenças que o colocam em conflito quando, um dia, seu primo Jamie chega à delegacia confessando ter matado a própria esposa. O que fazer diante da população perplexa? Procurando agir conforme o que acredita ser o certo, Cam o coloca na cadeia.

Porém, Allie, esposa de Cam, estranha a prontidão de Jamie em se entregar. E ainda que seja uma esposa dedicada, ela se vê tomando partido contra Cam. Isso porque ela simplesmente não consegue acreditar que um marido apaixonado como Jamie teria cometido homicídio contra sua própria mulher.

Paralelamente a todo o conflito que envolve o julgamento de Jamie, Cam se vê questionando seu próprio casamento. Dúvidas que crescem quando ele conhece a misteriosa Mia, que trabalha com Allie em sua floricultura. A atração é instantânea e inexplicável e o coloca diante de um conflito de valores: qual o verdadeiro amor? O de alguém que se questiona se deve ou não atender a um difícil pedido de quem ama ou o de alguém que considera a possibilidade de trair quem sempre esteve ao seu lado?

Questões colocadas em um enredo apaixonante com ritmo envolvente. Muito tempo depois de ter virado a última página, você ainda estará pensando nesta história e questionando suas próprias crenças sobre amor e lealdade.


Bem, sinceramente no começo do livro eu o odiei completamente. Achei Cam extremamente frouxo, covarde mesmo, hipócrita e mimado. Desde o principio odiei Camerom, porém amei Allie, senti pena dela para do meio pro final sentir um certo orgulho.Esses dois dominam a história juntamente com Jamie.

Achei o livro muito bem trabalhado, acho que Picoult realmente consegue nos fazer pensar e nos colocar no lugar de cada personagem, nos faz viver suas escolhas e sofrer, juntamente com eles as consequências delas. 

No começo eu realmente odiei a fraqueza de caráter de "alguns", a inocência de outros, e me surpreendeu e me fez questionar até onde uma grande amor pode nos levar ( do céu ao inferno?).
Enfim, ainda bem que continuei com o livro que, apesar de longo é muito bom. Vale muito a pena a leitura, só não dei 5 estrelas porque não curto muito direito e com o livro eu meio que aprendi coisas demais sobre um julgamento, de certa forma acho que agora e sei todos os caminhos que um advogado percorre pra tentar salvar seu cliente kkkk. 

Enfim, quem gostar de livros densos, cheio de questionamentos e drama, esse é O livro.


<3
Uma semana cheia de leituras para vocês!

sexta-feira, 4 de março de 2016

Desejados do Mês de Fevereiro - Avulsos


Dos lançamentos de livros avulsos desse mês de Fevereiro os que se seguem foram os que eu mais fiquei curiosa para ler:


Porque eu sou dessas que, nem leu o primeiro livro da serie e já quer muito ler a continuação. Me juguem...

Cidade dos Etéreos dá sequência ao celebrado O orfanato da srta. Peregrine para crianças peculiares, em que o jovem Jacob Portman, para descobrir a verdade sobre a morte do avô, segue pistas que o levam a um antigo lar para crianças em uma ilha galesa. O orfanato abriga crianças com dons sobrenaturais, protegidas graças à poderosa magia da diretora, a srta. Peregrine.

Neste segundo livro, o grupo de peculiares precisa deter um exército de monstros terríveis, e a srta. Peregrine, única pessoa que pode ajudá-los, está presa no corpo de uma ave. Jacob e seus novos amigos partem rumo a Londres, cidade onde os peculiares se concentram. Eles têm a esperança de, lá, encontrar uma cura para a amada srta. Peregrine, mas, na cidade devastada pela guerra, surpresas ameaçadoras estão à espreita em cada esquina. E, além de levar as crianças a um lugar seguro, Jacob terá que tomar uma decisão importante quanto a seu amor por Emma, uma das peculiares.






Achei a premissa desse livro um tanto diferente, não pelo romance, mas pela carga cultural que o mesmo parece abordar. Fiquei super curiosa! 


Zakia e Ali eram de tribos diferentes, mas cresceram em fazendas vizinhas no interior do Afeganistão. Quando se tornaram adolescentes, Zakia, tida como incrivelmente bela para os padrões afegãos, e Ali se apaixonaram. Desafiando suas famílias, de castas diferentes, convenções culturais e as leis civis e islâmicas, ambos fugiram para viver em constante ameaça pela família vingativa de Zakia, que prometeu matá-la para restaurar a honra da família. Eles ainda vivem escondidos.




Eu não sei vocês, mas quando eu soube que "Como eu era antes de você" teria um continuação eu fiquei bastante incomodada e com o pé atrás, porque para mim, apesar do final trágico, o livro tinha se fechado. Daí, justamente por essa desconfiança que eu estou desejando  ler esse livro

Sinopse: Em Depois de você, Lou ainda não superou a perda de Will. Morando em um flat em Londres, ela trabalha como garçonete em um pub no aeroporto. Certo dia, após beber muito, Lou cai do terraço. O terrível acidente a obriga voltar para a casa de sua família, mas também a permite conhecer Sam Fielding, um paramédico cujo trabalho é lidar com a vida e a morte, a única pessoa que parece capaz de compreendê-la.
Ao se recuperar, Lou sabe que precisa dar uma guinada na própria história e acaba entrando para um grupo de terapia de luto. Os membros compartilham sabedoria, risadas, frustrações e biscoitos horrorosos, além de a incentivarem a investir em Sam. Tudo parece começar a se encaixar, quando alguém do passado de Will surge e atrapalha os planos de Lou, levando-a a um futuro totalmente diferente.

Um livro que me intrigou. Eu gostei muito do ponto de partida da história, mas o que mais me instigou a querer ler este livro é a minha curiosidade em saber como a narrativa será feita após a protagonista perder a visão. 

Sinopse: Com uma carreira consolidada e um apartamento recém-comprado em Londres, parecia que a única preocupação de Anna Lyndsey seria a manutenção de seu padrão de vida. No entanto, o que começou como um desconforto diante da tela do computador revelou-se uma grave sensibilidade a qualquer fonte de luz. Em pouco tempo, trabalhar tornou-se inviável, e mesmo atividades corriqueiras passaram a causar dores lancinantes. Conforme os sintomas foram se agravando, ela precisou abrir mão da casa, da independência e de qualquer possibilidade de planos futuros.
Diante do relato de Anna sobre seus dias na escuridão, é impossível para o leitor não se perguntar o que de fato é fundamental. Se quase todas as opções fossem retiradas, das mais corriqueiras às mais preciosas, o que faria a vida continuar valendo a pena? Em uma situação em que as luzes e telas que deveriam significar segurança e comodidade são um perigo iminente, não seria de se admirar que Anna entrasse em depressão ou até mesmo cometesse suicídio.
No entanto, ela nos revela uma existência com mais nuances do que se poderia esperar de alguém mergulhado no mais profundo breu. Entre audiolivros, jogos de palavras e formas inusitadas de banir os raios de luz, Anna descobre meios de afastar os pensamentos deprimentes e perseverar mesmo com a incerteza de sua condição. Com seu contato com o mundo externo restrito à família, ao marido e às raras visitas, ela aprende a valorizar cada segundo de remissão da sua sensibilidade, admirando a natureza, a rotina e até as tarefas domésticas de uma perspectiva completamente nova.


E aí, gostaram da lista? Qual livo você ficou querendo ler? Qual o livro que não entrou aqui, mas que você quer muito comprar?

Bastante leitura para vocês nesse mês!

<3

quarta-feira, 2 de março de 2016

Desejados do mês de Fevereiro - Evangelicos

Para começar o mês com os trabalho do blog, vamos com os desejados do mês de livros evangélicos.


Num mundo onde tudo o que nos cerca é morte, tristeza, dor, decepção  agonia... A vida que anda segundo o evangelho de Cristo deve trazer alguma margem de esperança e consolo para esse mundo. Ao menos é algo em que eu acredito piamente. Assim, me parece que esse livro tratará desse assunto (ou não, vai saber?). Já quero muito! 

Sinopse: O evangelho de Jesus Cristo é a porta para a vida eterna, mas que diferença ele faz em nossas vidas quando já fazemos parte do Reino de Deus? Jerry Bridges afirma que o evangelho é a força vital da nossa caminhada diária com Deus.

Certamente o evangelho é a chave para a nossa salvação, mas ele também é o poder que nos move a progredir em santidade dia após dia. O Evangelho para a Vida Real ajudará você a:

- Experimentar a libertação das garras do pecado e a conhecer a alegria de buscar uma vida de santidade;
- Regozijar-se no fato de que Deus o aceitou e a participar de sua graça como uma realidade diária;
- Desmascarar a sutileza do legalismo em sua vida e a alegrar-se com a liberdade que há na cruz;
- Entender as doutrinas cruciais do evangelho e seus inestimáveis benefícios.


Querendo ou não, sempre imaginamos que a vida dos heróis da fé sempre foram cercadas de maravilhas, milagres, comunhão, felicidade infinita, ou seja, um mar de rosa. Contudo nesse livro vemos que até o príncipe dos pregadores sofreu desse que é um dos maiores problemas que afetam a vida, tanto dos cristãos, quanto dos não cristãos, que é a depressão. 

Sinopse:Eu sei, pessoalmente, que não há nada no mundo que o corpo físico possa sofrer que se compare à desolação e à prostração da mente. - Charles Spurgeon

A depressão afeta muitas pessoas, tanto pessoalmente quanto através da vida daqueles que amamos. Neste livro, vemos como o Príncipe dos Pregadores do século XIX, C.H. Spurgeon, lutou com a depressão. O fato de um pastor cristão tão proeminente ter vivenciado a depressão, e dela ter falado tão abertamente, convida-nos à empatia com um companheiro sofredor. Porque esse pastor e pregador saiu à luta com fé e dúvida, sofrimento e esperança, nós ganhamos um companheiro na jornada. O que ele encontrou de Jesus na escuridão pode nos servir de luz para as nossas próprias trevas. 


Sempre achei a figura de Jesus nos evangelhos bastante polemica e  forte. Jesus sempre me pareceu um cara inconformado com o caminho que a religião judaica estava trilhando. Além de ser o messias, o rei, o profeta e o sumo-sacerdote. Ele também era revolucionário... ao menos sempre achei. Por isso que esse livro, escrito pelo brilhante MacArthur já é para mim o livro que eu mais quero obter dessa lista.

SINOPSE: Este livro procura apresentar a verdadeira face de Jesus Cristo. A obra defende que a luta de Cristo contra falsos mestres, as ideias sobre a religiosidade inexata e o modo como defendia a verdade, se encaixam muito pouco com o estereótipo que com frequência a humanidade lhe impõe.



Bonhoeffer também é uma figura bem polêmica, para muitos um mártir, para outros um cara que está mais para um golpista que tramou um assassinato. Ok, para quem não conhece muito esse cara, tem várias, VÁRIAS, biografias sobre ele, é bom dar uma olhada. Mas enfim, esse cara de uma postura dura que enfrentou o regime Nazista e lutou o quanto pode contra Hitler, possuía uma visão um tanto peculiar sobre o evangelho e creio que esse livro vá discorrer sobre o assunto.   Me parece muiiiiito interessante! 

Sinopse: A leitura desta obra torna-se uma tarefa imprescindível para todo aquele que se propõe a mesma pergunta que orientavaBonhoeffer: “O que é o cristianismo, ou ainda, quem é de fato Cristo para nós hoje?”.

Para ele, ficou evidente a necessidade de criticar o que chamou de “graça barata”, que, “em vez de justificar o pecador, justifica o pecado”. Ou seja, a postura que a Igreja assume ao inverter todo o esforço dos reformadores sintetizado na doutrina da justificação pela fé mediante o sacrifício na cruz de Cristo. Justamente por isso, “a graça barata é a inimiga mortal de nossa Igreja”. Foi contra esse tipo de graça que os esforços deBonhoeffer se direcionaram, reiterando enfaticamente a verdadeira vida em comunidade, na qual o discipulado é visto como compromisso radical de obediência a Cristo — mesmo que implique a morte, não apenas do velho ser humano, mas do próprio discípulo.

-Pedro Dulci


<3

Enfim, me parece que é basicamente isso. Quais os livros dessa lista que vocês, assim como eu queriam ler? E quais livros que não entraram nela mas que vocês querem ler? Adoro dicas. :)

(Logo mais a lista de desejados do mês de Fevereiro avulso)